O avistamento do peixe “diabo negro” na costa de Tenerife, nas Ilhas Canárias, gerou grande repercussão nas redes sociais, quando uma filmagem mostrou o animal subindo à superfície do oceano. Muitos imaginaram que o peixe fosse um monstro marinho gigante, mas biólogos esclareceram que o tamanho real da espécie é bem menor. O Melanocetus johnsonii, conhecido como “diabo negro”, é um peixe abissal famoso pela bioluminescência, uma luz emitida por sua cauda para atrair presas nas profundezas.

A confusão sobre seu tamanho ocorreu porque a filmagem distorceu sua aparência, criando a ilusão de um ser colossal. As fêmeas dessa espécie medem cerca de 18 cm, enquanto os machos chegam a 3 cm. A maneira como o peixe foi filmado ampliou sua figura, fazendo-o parecer muito maior. Além disso, filmes como Procurando Nemo ajudaram a perpetuar a ideia de que esses peixes são criaturas monstruosas, reforçando o mito do “gigante do mar”.

Esse não é o primeiro caso em que o Melanocetus johnsonii chama a atenção. Em 2003, uma filmagem rara capturou sua bioluminescência, e documentários sobre criaturas marinhas também divulgaram a imagem de um peixe “monstruoso”. A atração do peixe pela superfície é rara, pois vive a mais de 2.000 metros de profundidade.

A descoberta em Tenerife desafiou as percepções populares sobre o tamanho do peixe. Agora, com explicações de biólogos, ficou claro que o “diabo negro” é muito menor e menos ameaçador do que muitos imaginavam. Mesmo assim, sua rara aparição continua a alimentar a curiosidade sobre os mistérios do oceano.

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