O governo do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, está sob críticas por transferir imigrantes ilegais, incluindo não criminosos, para a prisão de Guantánamo, em Cuba. Documentos da rede “CBS” mostram que cerca de 100 venezuelanos estão detidos no local aguardando deportação, sem prazo definido.
Grupos de direitos humanos, como a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), entraram com ação judicial, denunciando que os imigrantes estão incomunicáveis e sem acesso a advogados, prática semelhante ao tratamento de prisioneiros da guerra ao terror no governo Bush. Advogados alegam que a medida desrespeita direitos fundamentais e impede a contestação da prisão.
O governo Trump pretende expandir a estratégia para até 30 mil imigrantes. Guantánamo, marcada por denúncias de tortura, ainda abriga 15 integrantes da al-Qaeda. O Departamento de Segurança Interna justificou as detenções como parte das leis migratórias, afirmando que a deportação será o destino final dos detidos.
Críticos alertam para possíveis reveses judiciais e classificam a ação como abuso de poder. “Usar Guantánamo para imigrantes reforça a ilegalidade e a brutalidade desse centro de detenção”, disse Baher Azmy, do Centro de Direitos Constitucionais. Enquanto isso, organizações seguem pressionando por respeito aos direitos dos imigrantes.