O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que seu governo começará a implementar tarifas recíprocas sobre países que taxam as importações dos EUA, buscando aplicar taxas equivalentes às cobradas por outras nações, como China, Japão, Coreia do Sul e União Europeia. O objetivo é neutralizar barreiras não tarifárias, como regras de segurança veicular e impostos sobre valor agregado que dificultam o comércio.

Em um discurso no Salão Oval, Trump afirmou: “O que quer que os países cobrem dos Estados Unidos, nós cobraremos deles”. Embora o anúncio não tenha imposto tarifas imediatas, Trump ordenou que sua equipe econômica começasse a calcular as taxas necessárias, com a previsão de que os estudos sejam concluídos até 1º de abril. A medida pode levar semanas ou meses, gerando apreensão nos mercados, com analistas temendo que as tarifas acelerem a inflação nos EUA e prejudiquem o crescimento econômico.

O governo também está considerando tarifas sobre setores específicos, como aço, alumínio, carros, semicondutores e produtos farmacêuticos. Trump já havia imposto tarifas de 10% sobre produtos chineses e suspendeu temporariamente tarifas planejadas para o Canadá e México. Durante uma reunião com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, Trump afirmou que a Índia, que impõe altas tarifas sobre produtos dos EUA, se comprometeu a discutir a redução dessas taxas.

Analistas alertam para as dificuldades de estruturar essas tarifas de forma eficaz. Trump pode recorrer a leis como a Seção 122 da Lei de Comércio de 1974 ou a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional para justificar essas ações.

Embora a proposta de tarifas recíprocas tenha gerado alívio temporário nos mercados, a incerteza sobre sua implementação futura persiste. Se concretizada, a medida pode intensificar as tensões comerciais globais e impactar a economia dos EUA e de seus parceiros comerciais.

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