Apesar de prometer em 2022 concluir seis hospitais regionais até o fim do mandato, o governador Romeu Zema (Novo) ainda não entregou nenhuma unidade. O compromisso já estava no plano de governo de 2018, quando ele reconhecia a urgência das obras para melhorar o atendimento de saúde regionalizado.
Em Divinópolis, por exemplo, o hospital começou a ser construído em 2011 e teve as obras paralisadas em 2016. Apesar de destacar a importância do projeto desde sua primeira eleição, Zema passou o primeiro mandato sem retomar os trabalhos. O governo afirma que a retomada ocorreu em 2023, mas parlamentares e moradores contestam, apontando lentidão e paralisações.
Com o aumento de casos respiratórios, a ausência da unidade agrava a situação. Dois bebês precisaram ser transferidos de helicóptero por falta de leitos. Moradores denunciam caos na UPA e acusam o governo de usar o hospital como palanque eleitoral. “A população está de palhaço”, desabafou a dona de casa Neusa Graciosa.
A deputada Lohana França (PV) também critica o governo, dizendo que a retomada foi simbólica e sem continuidade. Problemas estruturais no bairro onde o hospital está sendo construído também podem dificultar o funcionamento.
O governo de Minas garante a entrega do hospital de Divinópolis no 2º semestre de 2025, mas o início das atividades depende da doação do terreno pela prefeitura, aprovação legislativa e repasses federais. A intenção é transformar a unidade em hospital universitário da UFSJ.
O cronograma oficial prevê entregas das demais unidades até 2026. Juiz de Fora, porém, teve as obras suspensas após diagnóstico de irregularidades. O investimento previsto para os hospitais é de R\$ 985 milhões.