Preta Gil, cantora, atriz, apresentadora e empresária, morreu aos 50 anos neste domingo, vítima de um câncer. Diagnosticada em janeiro de 2023 com adenocarcinoma no intestino, enfrentou cirurgias, quimioterapia e radioterapia. Em 2024, comemorou 50 anos com festa para 700 convidados e lançou sua autobiografia “Preta Gil: os primeiros 50”, onde narra sua batalha contra o câncer e o término do casamento com Rodrigo Godoy, após descobrir uma traição durante o tratamento.
Em agosto de 2024, revelou a volta da doença com metástases e iniciou tratamento experimental nos EUA. Internada no Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York, foi acompanhada por amigos e familiares até seus últimos dias. Preta ficou conhecida pela coragem e transparência com que compartilhou sua luta. Lançou o primeiro disco, “Prêt-à-Porter”, em 2003, e tornou-se símbolo de autoaceitação e do combate à gordofobia. Criou o “Bloco da Preta”, sucesso no carnaval do Rio, e participou de novelas, filmes e talk shows.
Também fundou a empresa Mynd, focada em música e marketing de influência. Defensora da causa LGBTQIA+, afirmava-se bissexual. Na autobiografia, relembra a infância, a morte do irmão Pedro, o impacto de se despir na capa do primeiro disco e sua relação com a madrinha Gal Costa.
Filha de Gilberto Gil e Sandra Gadelha, foi mãe de Francisco, fruto do casamento com Otávio Muller. Viveu intensamente, com autenticidade e enfrentando preconceitos, se tornando um símbolo de coragem, arte e liberdade para o Brasil.