O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo (21) que não concorrerá à reeleição e declarou apoio à vice-presidente Kamala Harris como líder da chapa democrata. Em comunicado no X, Biden afirmou que continuará cumprindo seu mandato até janeiro de 2025.
Kamala Harris expressou gratidão pelo apoio de Biden e prometeu unir o Partido Democrata e os EUA para derrotar Donald Trump nas eleições de novembro.
A desistência de Biden veio após pressões do partido e de parte do eleitorado democrata. A crise na campanha de Biden começou no fim de junho, após um desempenho fraco em um debate contra Trump, onde sua capacidade cognitiva foi questionada. Desde então, ele resistia às pressões, negando declínio cognitivo e físico e reafirmando sua intenção de continuar na corrida eleitoral.
Biden foi diagnosticado com Covid-19 em 17 de julho e suspendeu eventos de campanha, entrando em isolamento em Delaware. Durante esse período, começou a reconsiderar sua candidatura, influenciado por vozes importantes do partido como Barack Obama e Nancy Pelosi, que demonstraram insegurança quanto às suas chances de vitória.
A decisão de desistir foi tomada neste domingo, conforme uma fonte revelou à Reuters. A notícia surpreendeu muitos funcionários da Casa Branca.
Até o momento, o Partido Democrata não anunciou quem será o novo candidato para disputar a eleição contra Trump. As eleições nos EUA estão marcadas para 5 de novembro, com a Convenção Nacional Democrata ocorrendo de 19 a 22 de agosto para oficializar o candidato do partido.
Durante o debate televisionado no final de junho, Biden apresentou voz rouca, pouco entusiasmo e hesitou em diversos momentos, enquanto Trump se manteve calmo e assertivo, o que aumentou as dúvidas sobre a capacidade de Biden para um novo mandato de quatro anos. Esse debate foi considerado o “início do fim” para Biden, de 81 anos.