A investigação sobre a queda do avião da Voepass em Vinhedo, que vitimou 62 pessoas, ganhou um novo capítulo.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou que a aeronave operava com uma autorização especial, permitindo que um dos gravadores de dados, o Flight Data Recorder (FDR), registrasse menos informações do que o exigido por lei.

O FDR, responsável por coletar dados como altitude, velocidade e configurações da aeronave, deixou de registrar oito dos 91 parâmetros obrigatórios. Segundo a Anac, essa falha não afeta a operação da aeronave, mas ela pode auxiliar na análise das causas do acidente.

A agência justifica que os dados faltantes “não configuram prejuízo às investigações em curso”, e que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) possui a capacidade técnica para conduzir a apuração com as informações disponíveis.

Como funcionam as caixas-pretas?

Um avião comercial possui dois tipos de gravadores de dados, conhecidos como caixas-pretas:

Cockpit Voice Recorder (CVR): Grava as conversas entre os pilotos, comissários de bordo e controle de tráfego aéreo.

Flight Data Recorder (FDR): Coleta dados técnicos da aeronave, como altitude, velocidade, posição das manetes e outras informações relevantes para a análise de voo.

Próximos passos

O Cenipa informou que já conseguiu extrair todo o conteúdo das duas caixas-pretas e está trabalhando na análise dos dados. A previsão é que um relatório preliminar sobre as causas do acidente seja divulgado em 30 dias. 

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