O Tribunal do Júri de São João Evangelista condenou ontem, 22 de outubro, a 18 anos de prisão um pai que assassinou a filha recém-nascida no município de Coluna, no Vale do Rio Doce, em 2013. Na denúncia, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) acusou o homem de homicídio qualificado, praticado contra descendente, com emprego de veneno e contra criança. Pelo MPMG, atuou no Tribunal do Júri a promotora de Justiça Renata Marra Toledo.

Segundo a Promotoria de Justiça de São João Evangelista, o crime foi cometido em 20 de abril de 2013, no hospital municipal de Coluna, logo após o nascimento prematuro da filha. Consta na denúncia que, enquanto a mãe e a criança recebiam os cuidados no hospital, o homem foi até a fazenda onde trabalhava para buscar pesticida. E que, após retornar ao hospital, em momento que ficou a sós com a filha, borrifou o veneno em sua boca.

Pouco tempo depois, a bebê começou a vomitar o pesticida. Nesse momento uma enfermeira percebeu que algo estava errado e acionou a equipe médica que iniciou os trabalhos para reanimar a criança que apresentava quadro de asfixia. “Os esforços, contudo, foram em vão vindo a criança a falecer em razão do envenenamento, a caminho de um hospital em Diamantina”, afirma trecho da denúncia.

De acordo com a Promotoria de Justiça, um dia antes do parto, o homem deu uma substância esverdeada para a companheira tomar. Horas depois, ela começou a passar mal, tendo que ser levada ao hospital. E após entrar em trabalho de parto, a mulher pariu a criança com sete meses de gestação. Além disso, a mulher relatou no processo que tentou esconder a gravidez do companheiro com medo da reação dele. E que assim que ele soube começou a apertar a sua barriga com a intenção de machucar o feto.

MPMG

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