O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (4) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), atendendo a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão inclui medidas como bloqueio de passaportes, salários, bens, contas bancárias e perfis nas redes sociais. Também foi determinada a inclusão de seu nome na lista vermelha da Interpol.

Moraes afirmou que a parlamentar tenta se furtar à aplicação da lei penal, citando sua viagem ao exterior e a iminência do julgamento de recursos contra condenação anterior. Segundo a assessoria da deputada, ela está na Flórida, nos Estados Unidos, após deixar o Brasil via Argentina. A deputada alega que buscará tratamento médico e pedirá licença do mandato.

A decisão também obriga o presidente da Câmara, Hugo Motta, a suspender o pagamento de salários e verbas parlamentares. Zambelli, em nota, classificou a prisão como “ilegal e autoritária”.

A deputada foi condenada há 20 dias a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça. A PGR, no pedido mantido sob sigilo, afirmou que a prisão é necessária para garantir a efetividade da aplicação da lei penal. Zambelli também é ré por porte ilegal de arma e alvo de inquéritos sobre fake news e milícias digitais. Na Justiça Eleitoral, foi condenada à cassação do mandato e inelegibilidade por oito anos, com recurso pendente no TSE.

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