O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (15) que irá intensificar operações de deportação em massa em grandes cidades norte-americanas, como Los Angeles, Chicago e Nova York. A medida, segundo ele, faz parte do “maior programa de deportação da história” do país.
Por meio da sua rede Truth Social, Trump defendeu que a ação tem como objetivo retirar imigrantes ilegais que, segundo ele, “comprometem a segurança e a estabilidade” das cidades. A política migratória tem sido uma das principais bandeiras da campanha republicana, com um discurso que associa imigração irregular à criminalidade, apesar das críticas e da falta de evidências concretas que sustentem essa narrativa.
A intensificação das operações do ICE (Serviço de Imigração e Alfândega) já causou uma série de protestos em diversas cidades. Em Los Angeles, o clima é de tensão. A prefeita Karen Bass prorrogou o toque de recolher após registros de vandalismo durante manifestações. “As pessoas estão com medo de sair às ruas. Isso não é o que esperamos dos Estados Unidos”, declarou.
O governo federal mobilizou cerca de 4.000 membros da Guarda Nacional e 700 fuzileiros navais, medida que foi contestada judicialmente pelo estado da Califórnia. A ação alega que Trump excedeu seus poderes constitucionais ao militarizar as cidades sem consentimento das autoridades locais.
A mobilização popular ganhou força no sábado (14), com o movimento “Dia Sem Reis”, que reuniu milhares de pessoas em diversas cidades em repúdio à política migratória. O ex-presidente Barack Obama também se manifestou, criticando a postura do governo. “Famílias que só querem trabalhar e viver estão sendo tratadas como inimigas”, afirmou.
Apesar das críticas internas e internacionais, Trump mantém o tom duro e reforça que as autoridades de imigração estão autorizadas a usar todos os meios para realizar as deportações em massa.