A Justiça da Comarca de Inhapim determinou que os acusados pelo assassinato de Julemar Dias da Silva sejam submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri. O crime, que chocou a população, ocorreu na madrugada do dia 24 de outubro de 2020, na zona rural de São Domingos das Dores.

Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais, os acusados, agindo em conjunto, teriam sequestrado Julemar, agredido a vítima com golpes de objeto cortante e efetuado disparos de arma de fogo. Após o homicídio, o corpo foi ocultado em uma área de mata, e o veículo da vítima foi incendiado com o intuito de dificultar a elucidação dos fatos.

A sentença de pronúncia, proferida pela 2ª Vara Cível, Criminal e da Infância e Juventude da Comarca de Inhapim, baseou-se em diversos elementos de prova, como laudos periciais, depoimentos de testemunhas, diligências policiais e os interrogatórios realizados durante a instrução criminal. O juízo reconheceu a existência de prova da materialidade do crime e indícios suficientes de autoria.

Foram mantidas as três qualificadoras previstas no Código Penal: motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. A denúncia também incluiu outros delitos conexos, como sequestro, ocultação de cadáver, fraude processual e incêndio criminoso — que igualmente serão apreciados pelo júri popular.

A prisão preventiva dos réus foi mantida, diante da gravidade dos fatos e do risco de fuga. Caso sejam condenados, as penas somadas podem ultrapassar 30 anos de reclusão.

O caso de Julemar Dias da Silva reafirma a importância da atuação do Ministério Público no combate à criminalidade violenta e na defesa da vida. O julgamento ainda não tem data definida, mas representa um passo decisivo rumo à responsabilização penal e à justiça para a família da vítima.

MPMG

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