Está preso, preventivamente, o homem que apareceu em vídeo chicoteando um morador em situação de rua, por causa de R$10 reais, em Itaúna, a 76 km de Belo Horizonte. O caso comoveu não só a cidade do Centro-Oeste de Minas Gerais, mas também os internautas. A imagem viralizou nessa quarta-feira (2) Dia da Consciência Negra. A Polícia Civil deu entrevista em Divinópolis, nessa quinta-feira (22), para falar sobre o caso e esclarecer vários pontos. Veja, na Live, a entrevista e também o vídeo que viralizou.
A Polícia Civil, em coletiva realizada na tarde de quinta-feira (21) em Divinópolis, esclareceu pontos do caso que gerou comoção e revolta após a viralização do vídeo nas redes sociais. Apesar de muitos associarem o episódio ao Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, a filmagem foi feita no dia 10, mas só ganhou notoriedade na data comemorativa. A gravação ocorreu nas imediações de um bar.
Os delegados responsáveis pelo caso, Leonardo Moreira Pio e Flávio Tadeu Destro, destacaram a gravidade da agressão. “Uma maldade muito grande, com violência física e psíquica contra uma pessoa em situação de extrema vulnerabilidade”, afirmou o delegado Destro, chefe do 7º Departamento de Polícia Civil.
Rawfy Vilaça, que já possui antecedentes criminais por furto e violência doméstica, está sendo investigado pelos crimes de racismo e tortura. Segundo a Polícia Civil, as penas combinadas para esses crimes podem ultrapassar 15 anos de prisão, mas a investigação segue apurando possíveis outros delitos.
No vídeo, que gerou revolta nas redes sociais, Rawfy Vilaça aparece negociando com a vítima: “Dez reais e ele vai deixar eu dar duas lapadas”, diz o agressor. Antes de iniciar a sessão de chicotadas com um cinto, ele ainda pergunta: “Está gravando?”.
A sequência das imagens mostra Vilaça desferindo três golpes na vítima e, ao se aproximar, aplicando uma última “chicotada” com ainda mais força. Após a agressão, ele entrega uma nota de R$ 10 ao homem em situação de rua.
O caso ganhou ampla repercussão e gerou indignação, com diversos pedidos de justiça por parte da população. A investigação segue em curso, buscando não apenas punir os responsáveis, mas também levantar outros possíveis envolvidos ou contextos que agravem a situação.