O aumento de casos de dengue após o período do Carnaval volta a colocar Minas Gerais em alerta. O estado ocupa a segunda posição no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo. Entre janeiro e março, foram confirmadas 13 mortes e 41 estão sob investigação, com mais de 57 mil casos registrados, conforme dados do Ministério da Saúde. Em Belo Horizonte, até o dia 14 de março, foram registrados 327 casos da doença e nenhuma morte.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o Triângulo Mineiro concentra o maior número de hospitalizações e óbitos. A presença do sorotipo 3 da dengue na região é um fator preocupante, pois não circulava há muito tempo, tornando a população mais vulnerável.

No Sul de Minas, os dados do painel de monitoramento indicam uma morte e mil casos confirmados. As regiões sul e sudoeste do estado totalizam 1.328 casos e uma vítima fatal confirmada em Areiado, enquanto duas mortes ainda estão sob investigação. Embora os números sejam menores que em 2024, cidades como Varginha mantêm mutirões de limpeza para conter a doença. Em Passos, foram implantadas três salas de hidratação para atendimento de pacientes.

Na Zona da Mata, Juiz de Fora investiga três óbitos por dengue, com 449 casos confirmados e 153 prováveis, segundo o estado. A prefeitura, porém, aponta 12 casos confirmados e 304 prováveis. Outras cidades também preocupam: Ubá investiga uma morte e tem 19 casos confirmados e 509 notificados; Viçosa contabiliza 42 casos confirmados e 38 em investigação; Barbacena tem 104 casos confirmados, 268 notificados e um óbito em análise.

No Vale do Aço, foram confirmados 767 casos, 1.018 prováveis e um óbito em investigação. Os números são menores em comparação a 2024, quando a região registrou mais de 15 mil casos e seis mortes.

No Norte de Minas, Montes Claros apresenta divergência nos dados: o estado aponta nove casos confirmados e 193 notificados, enquanto a prefeitura registra 54 confirmações e 1.304 notificações. Municípios vizinhos como Claro dos Poções, Itacambira, Juramento e Mirabela não possuem registros confirmados da doença.

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