O Ministério Público da Espanha decidiu recorrer contra a absolvição de Daniel Alves pelo Tribunal Superior da Catalunha. A decisão favorável ao ex-jogador foi anunciada na última sexta-feira (28), mas a Promotoria alega que há infração à legislação espanhola.
Segundo o jornal AS, o Ministério Público argumentará que a sentença “viola o preceito institucional e a lei de processo penal”. O órgão tem até segunda-feira (7) para formalizar o recurso.
Daniel Alves foi preso preventivamente em 20 de janeiro de 2023, após ser acusado de estuprar uma jovem de 22 anos em uma boate de luxo em Barcelona, no dia 30 de dezembro de 2022. A vítima denunciou o caso às autoridades ainda na boate, e exames médicos confirmaram vestígios biológicos do atleta.
Em fevereiro de 2024, Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão e obrigado a pagar 150 mil euros à vítima. O tribunal de Barcelona negou quatro pedidos de liberdade provisória antes de estabelecer fiança de 1 milhão de euros, permitindo que ele aguardasse o recurso em liberdade, sem passaporte e com restrições de deslocamento.
A defesa do ex-jogador comemorou a decisão do Tribunal Superior da Catalunha, que anulou a condenação alegando “lacunas, incoerências e contradições” no depoimento da vítima. O tribunal concluiu que não foram superados os padrões exigidos pela presunção de inocência.
A advogada de Alves, Inés Guardiola, afirmou que “a justiça foi feita”, mas o Ministério Público busca reverter a absolvição, alegando irregularidades no julgamento.