A operação que resultou na prisão preventiva do presidente e vice da Máfia Azul, Arthur Guedes (34) e Messias (31), além de outro suspeito, cumpriu mandados em BH, Contagem e Brasília nesta terça (10). Os três são acusados de agredir o filho da dona de uma loja e roubar uma camisa da Galoucura, em março, segundo a Polícia Civil.
A ação conjunta da Polícia Civil e Militar envolveu mandados de prisão em Contagem (bairros Tropical e Várzea das Flores) e em Brasília, além de quatro de busca e apreensão na sede da Máfia Azul (Barro Preto) e nas casas dos suspeitos.
A polícia apreendeu R\$ 2,9 mil e objetos que, segundo o delegado Félix Magno, podem ter sido usados ou preparados para confrontos: pedras, sprays adaptados para gerar chamas e outros itens que ainda serão periciados.
O crime ocorreu em 13 de março no bairro Padre Eustáquio, em BH. A loja pertence a uma mulher de 55 anos, mãe de um membro da Galoucura. Além do roubo da camisa, os suspeitos teriam agredido a comerciante e seu filho, causando ferimentos leves. Após o crime, postaram a camisa nas redes da Máfia Azul como “troféu”. A polícia investiga se o ato foi premeditado.
A defesa de Guedes e Messias, representada por Júlia Almeida e Lúnia Lima, critica a investigação. Em nota, afirma que não há provas que justifiquem a prisão dos dirigentes e denuncia falta de imparcialidade: “As autoridades adotam medidas mais severas contra membros da Máfia Azul, ignorando ataques que sofrem de torcidas rivais”.
A defesa ainda cita que, apesar do assassinato recente de dois membros da Máfia Azul, não houve prisões ou avanço nas investigações. E finaliza: “A prisão é arbitrária e desproporcional. Seguiremos atuando para provar a inocência dos dirigentes e restaurar a justiça.”