Israel acusou nesta terça-feira (24) o Irã de violar o cessar-fogo anunciado na noite anterior pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Segundo o governo israelense, mísseis foram disparados do Irã, levando ao acionamento de sistemas antimísseis e à ordem para que a população buscasse abrigos. O Irã negou ter realizado novos ataques após o anúncio do cessar-fogo.
O ministro da Defesa de Israel ordenou ataques intensos contra alvos em Teerã, incluindo a destruição de estruturas militares e a eliminação de um cientista nuclear. Israel agradeceu aos EUA e a Trump pelo apoio na ofensiva.
O cessar-fogo, chamado por Trump de “a guerra dos 12 dias”, teria sido intermediado com ajuda do Catar. O ministro iraniano Seyed Abbas Araghchi havia condicionado a adesão ao cessar-fogo à suspensão dos ataques israelenses. Após o anúncio, foram relatadas explosões em Teerã, Karaj e Rasht, mas os relatos diminuíram após as 4h da manhã.
Analistas apontam que, se mantido, o cessar-fogo será visto como uma das principais vitórias da política externa de Trump. Antes disso, o Irã havia atacado bases dos EUA no Catar, sem causar vítimas. O governo catari condenou veementemente o ataque, classificando-o como violação de sua soberania.
O Conselho Supremo do Irã afirmou que o ataque foi proporcional aos bombardeios americanos contra suas instalações nucleares. A Guarda Revolucionária declarou que não tolerará ameaças à sua soberania.
Enquanto isso, Trump se prepara para a cúpula da OTAN na Holanda, buscando fortalecer sua imagem com a exigência de que os países europeus elevem os gastos com defesa. Paralelamente, Israel e EUA seguem mirando instalações nucleares iranianas, como Fordo, considerada essencial para o programa nuclear do Irã. Rússia e China condenaram os ataques, e o estreito de Ormuz segue como ponto estratégico nas tensões.