O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o Brasil é um “péssimo parceiro comercial” e chamou o processo contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro de “execução política” em uma conversa com jornalistas na Casa Branca nesta quinta-feira (14).
O republicano também voltou a defender Bolsonaro, como havia feiro em ocasiões anteriores, afirmando conhecê-lo como “homem honesto” que “ama o povo brasileiro” e acusando o Judiciário de promover “caça às bruxas”.
Em julho, enviou carta a Bolsonaro condenando o “sistema injusto” e pedindo o fim imediato do processo. A PGR acusa o ex-presidente de liderar organização criminosa para desacreditar o sistema eleitoral e incitar ataques a instituições; ele nega.
Relatório do Departamento de Estado dos EUA, sob Trump, diz que os direitos humanos no Brasil “pioraram”, criticando Lula e o ministro do STF Alexandre de Moraes por restringirem a liberdade de expressão, bloquearem perfis e proibirem temporariamente VPNs. O documento afirma que discursos de apoiadores de Bolsonaro, jornalistas e políticos foram suprimidos, muitas vezes em processos secretos. Também menciona prisões prolongadas de manifestantes do 8 de janeiro sem acusação formal.
O texto relembra fala de Lula, em 2024, comparando a situação em Gaza ao Holocausto, repudiada pela Conib. Critica a postura “extrema” do governo brasileiro no conflito do Oriente Médio. O relatório, base para parte do tarifaço, marca ruptura em relação ao de 2024, sob Biden, que considerou as eleições justas. Servidores do Departamento de Estado afirmam que o relatório de 2025 foi politizado. Trump ainda sancionou Moraes pela Lei Magnitsky, acusando-o de violações de direitos humanos.