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A Associação de Proteção e Assistência aos Condenados – APAC de Inhapim realizou na tarde de ontem, 18 de julho de 2024, um momento de confraternização através de um café que contou com a presença de lideranças católicas de nossa região.

O trabalho da APAC dispõe de um método de valorização humana, vinculada à evangelização, para oferecer ao condenado condições de recuperar-se, buscando em perspectiva mais ampla, a proteção da sociedade, o socorro às vítimas a promoção da justiça restaurativa.

Na APAC os presos são chamados de recuperandos e são corresponsáveis por sua recuperação. A presença de voluntários é fundamental oferecendo aos recuperandos a assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica.

Estiveram presentes no evento o Bispo Dom Juarez, acompanhado por vários padres e representantes de outras paroquias da forania.

A Presidente da APAC de Inhapim Giovanna Beatriz Ferreira Bonfim Andrade, destaca esse momento como um momento de muita alegria.

Na APAC, a segurança e a disciplina são feitas com a colaboração dos recuperandos, tendo como suporte alguns funcionários e voluntários, sem o concurso de policiais ou agentes penitenciários.

De acordo com a encarregada do setor administrativo da APAC de Inhapim, Fernanda Assis, o apoio e conscientização da comunidade local são essenciais para o desenvolvimento da metodologia apaqueana.

A APAC conta com uma rotina diária que inicia às 6 da manhã e termina às 10 da noite. Durante o dia todos trabalham, estudam e se profissionalizam, evitando a todo custo a ociosidade. Com uma disciplina rígida, a APAC conta com um conselho formado por recuperandos que contribui decisivamente para a ordem, o respeito e o seguimento das normas e regras.

Na APAC as famílias são respeitadas e coparticipes da recuperação. Através de encontros formativos, celebrações e vistas aos lares, a APAC tenta, a todo custo, reatar os laços entre recuperandos e seus entes. A APAC recupera também a família de quem cumpre pena.

Na APAC a espiritualidade é ecumênica. Cada recuperando é incentivado a assumir a fé que professa, de forma que possa fazer um encontro profundo com o Deus da Vida. O respeito à religião do outro é fundamental e norteia a espiritualidade apaqueana.

O Bispo Diocesano Dom Juarez Delorto Secco que reforça que a igreja é missionaria e precisa ir até quem necessita de uma luz divina;

O vigário da Paróquia São Sebastião de Inhapim, Padre José de Fátima Rosa, relembra o processo de instalçao da APAC na cidade, e celebra os bons resultados que a instituição entrega hoje para a comunidade local.

O pároco da Paróquia São Sebastião de Inhapim, Padre Ely da Terra Cristo, falou também sobre o trabalho pastoral que é desenvolvido na APAC e reforçou que os recuperandos estão sempre de coração aberto, não só para as ações católicas mas também para os trabalhos desenvolvidos pela comunidade evangélica na instituição.

Enfim, na APAC o cumprimento de pena é individualizado. Por isso as APACs são pequenas unidades, construídas nas próprias comunidades onde os recuperandos cumprem sua pena. São unidades idealizadas para receber no máximo 200 recuperandos.

Um presídio que aplica a metodologia APAC é infinitamente mais vantajoso para o Estado, visto que um preso na APAC custa um terço do valor gasto no sistema comum. Além disso, a construção de uma APAC é muito mais barata que a construção de um presídio comum.

Os resultados positivos tais como baixo índice de reincidência, baixo custo, ausência de violência e rebeliões, poucas fugas, têm contribuído para que a metodologia APAC seja conhecida e aplicada.

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