Eliane Nunes da Silva, acusada de matar a própria filha, em outubro de 2023, foi condenada a 30 anos de prisão nesta terça-feira (11). O julgamento aconteceu no 1º Tribunal do Júri da Capital, em João Pessoa. Júlia tinha 1 ano e foi morta com mais de 20 facadas quando estava no berço. Eliane foi condenada por homicídio triplamente qualificado.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público da Paraíba, a mulher esfaqueou a pequena Júlia 26 vezes e cometeu o crime após o então companheiro, e pai da criança, decidir terminar a relação com ela. Ainda com manchas de sangue nos braços, Eliane apresentou-se à autoridade policial, e confessou o crime.

De acordo com a sentença, proferida pela juíza Aylzia Fabiana Borges Carrilho, foram acatadas as três qualificadoras do homicídio imputado para a ré. As qualificadoras foram motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. A defesa pode recorrer da decisão, mas vai permanecer presa.

A ré Eliane Nunes da Silva quando foi ouvida disse a todo instante que desde o fato tenta entender por que fez aquilo e que estaria arrependida do fundo do coração, que queria muito voltar atrás para que a filha estivesse novamente nos braços dela. Ela disse que cometeu o crime em um ato de desespero, negando que tenha agido por vingança contra o pai da criança.

Segundo ela, o então marido, pai da criança, é que seria ciumento, e, inclusive, sempre acontecia deles romperem, desde a época do namoro. O rompimento, segundo ela, era geralmente por meio de mensagem de texto enviada por ele.

O julgamento

Antes de Eliane, foram ouvidos o pai da criança, o policial civil que identificou o corpo da criança dentro do berço, todo ensanguentado, e o pai de Eliane.

O júri teve início com a juíza fazendo uma série de questionamentos ao pai da vítima , que está participando do julgamento por meio remoto, pois hoje mora no interior de São Paulo. Felipe Cavalcante disse que o relacionamento deles era bastante tumultuado e havia muita crise de ciúmes por parte dela, mas que ela era uma boa mãe.

G1

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