O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) convocou o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) como testemunha em sua defesa no processo movido pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar é acusado de calúnia por ter chamado o presidente Lula (PT) de ladrão em um discurso realizado em um evento da ONU, em novembro de 2023.
Imunidade parlamentar em debate
A defesa de Nikolas Ferreira sustenta que suas declarações estão amparadas pela imunidade parlamentar, direito que protege deputados em suas falas no exercício de suas funções. No discurso, o deputado afirmou que Lula seria “um ladrão que deveria estar na prisão”, o que levou à ação no STF.
Alckmin e as declarações do passado
Geraldo Alckmin foi escolhido como testemunha por conta de declarações similares feitas em 2017, quando ainda era adversário político de Lula. À época, o então governador de São Paulo disse que o petista, ao tentar retornar à presidência, queria “voltar à cena do crime”, responsabilizando-o pela recessão enfrentada pelo país.
A defesa de Nikolas citou essas falas de Alckmin como justificativa para sua inclusão no processo, argumentando que o atual vice-presidente já “correlacionou o presidente com o mundo do crime em diversas ocasiões”.
Plox Ipatinga