O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) adotou medidas após a confirmação de Anemia Infecciosa Equina (AIE) em 20 equinos de duas fazendas em Almenara, Vale do Jequitinhonha. Os animais foram sacrificados devido à natureza incurável e altamente contagiosa da doença, que exige notificação obrigatória.
As propriedades foram interditadas para sanear o foco, com a testagem de 100% dos animais restantes. Se todos testarem negativo, a testagem será repetida após 30 a 60 dias. Caso ocorra novo caso positivo, o ciclo de testagem é reiniciado até duas testagens negativas consecutivas.
A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma doença viral incurável que afeta equídeos, causando destruição dos glóbulos vermelhos e levando à anemia severa, febre, edemas e morte. É transmitida principalmente por moscas hematófagas, como a mosca-dos-estábulos e a mutuca, além de objetos contaminados com sangue infectado. Os sintomas variam de casos agudos, com febre alta e apatia, a formas crônicas ou assintomáticas, tornando os animais portadores permanentes e transmissores.
O diagnóstico é feito por exames de sangue, como o IDGA e ELISA. Sem tratamento ou vacina, o controle é feito pela eliminação de animais infectados e rigorosas medidas de biossegurança. A doença é endêmica em regiões como o Vale do Jequitinhonha, exigindo controle do trânsito de animais por meio da Guia de Trânsito Animal (GTA) para monitorar e prevenir surtos.