Um sargento da Polícia Militar foi preso em Manhuaçu, suspeito de manter um trabalhador em condições análogas à escravidão.

A Polícia Civil informou que o militar já foi encaminhado para o Batalhão da PM, onde permanece à disposição da Justiça. O policial foi preso na última sexta-feira (24). O caso segue sendo investigado.

“O homem, de 42 anos, foi ouvido pela autoridade policial, que ratificou a prisão em flagrante delito pelos crimes de falsidade ideológica, redução à condição análoga a de escravo e constrangimento ilegal”, informou a PCMG.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa do envolvido até a última atualização desta reportagem. O 11º Batalhão informou que o policial não serve na Unidade e que as providências administrativas e disciplinares sob o caso já estão adotadas.

Sobre o caso
Segundo informações, o homem que estava sendo mantido em condições degradantes de trabalho incendiou dois veículos do sargento, como forma de vingança pelo militar ter tido relações com a esposa dele.

Como punição, o sargento levou o jovem até Itabira, também em Minas Gerais, onde ele foi submetido a trabalho forçado, sem remuneração e sob restrições alimentares. Além disso, foi impedido de manter contato com a família.

O caso veio à tona quando a esposa da vítima denunciou o desaparecimento do companheiro e relatou à polícia a situação dele.

Posteriormente, o sargento esteve na Delegacia de Manhuaçu acompanhado da vítima e teria tentado forçá-la a prestar depoimentos que descaracterizavam os abusos, mas o homem deu detalhes sobre a sua situação e apresentou provas documentais, incluindo recibos falsificados que foi obrigada a assinar para simular que recebia pagamento pelos serviços prestados.

A partir dessas informações, a Polícia Civil acionou a Polícia Militar, que efetuou a prisão do sargento, um homem de 42 anos, nas proximidades da delegacia de Manhuaçu.

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