Em uma decisão polêmica, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a criação de um centro de detenção para imigrantes ilegais na base de Guantánamo, em Cuba. A medida visa transferir até 30 mil imigrantes irregulares para a prisão, conhecida por abrigar terroristas capturados nas guerras do Iraque e Afeganistão. A instalação, marcada por denúncias de abusos e torturas desde sua criação em 2002, agora será adaptada para imigrantes.
Trump defendeu a ação como um reforço na capacidade de detenção, mas não esclareceu se expandirá a prisão existente ou criará novas instalações. A medida foi anunciada em conjunto com a assinatura de uma lei, chamada “Laken Riley”, que acelera a prisão e deportação de imigrantes acusados de crimes violentos, como homicídios e agressões. A lei, que leva o nome de uma jovem assassinada em 2024 por um imigrante ilegal, reflete o endurecimento da política migratória.
A medida gerou pânico nas comunidades imigrantes, como em Newark, Nova Jersey, onde muitos brasileiros vivem. Com operações frequentes do ICE (Polícia de Imigração dos EUA), os imigrantes temem ser presos e separados de suas famílias. “Vivemos com medo, principalmente os que têm filhos nascidos aqui”, diz uma imigrante brasileira.
Organizações de direitos humanos alertam para os riscos dessa política, argumentando que a medida compromete os direitos dos imigrantes e contradiz os valores históricos de acolhimento dos EUA. A proposta de Trump reforça a tensão entre segurança e direitos civis, com crescente oposição interna e internacional.
O futuro das comunidades imigrantes nos EUA agora depende da continuidade dessa política, que promete redefinir a abordagem do país à imigração e aos direitos humanos.