O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação nesta quarta-feira (1º) após o Congresso não conseguir aprovar o orçamento para estender o financiamento federal. O impasse, conhecido como “shutdown”, provoca a suspensão imediata de parte dos serviços públicos e coloca milhares de servidores em licença sem remuneração. Esta é a 15ª paralisação desde 1981.

O centro da crise está na área da saúde. Democratas condicionaram a aprovação do orçamento à prorrogação de programas de assistência médica, enquanto republicanos, liderados por Donald Trump, defendem que os temas sejam tratados separadamente. Ambos trocaram acusações sobre o colapso das negociações, encerradas sem acordo na noite de terça-feira (30). A proposta mais recente no Senado obteve apenas 55 dos 60 votos necessários.

Com o bloqueio de gastos, serviços considerados não essenciais serão interrompidos, enquanto setores como segurança pública, fiscalização de fronteiras e parte do controle aéreo seguirão ativos, mas com salários suspensos até o fim da paralisação. No Pentágono, mais da metade dos 742 mil funcionários civis será afastada, enquanto 2 milhões de militares permanecem em serviço.

No turismo, turistas e moradores sentirão impactos diretos. A Administração Federal de Aviação informou que 11 mil funcionários serão dispensados, e 13 mil controladores continuarão trabalhando sem receber. Companhias aéreas alertam para atrasos em voos e redução no tráfego aéreo, especialmente em Nova York. Museus, parques nacionais e pontos turísticos, como a Estátua da Liberdade e o National Mall, devem suspender atividades.

Na economia, dados oficiais podem atrasar e serviços da Receita Federal e tribunais serão limitados. Programas sociais, como aposentadorias e benefícios de saúde, seguem funcionando, mas sob risco de restrições caso a crise se prolongue. A última paralisação, entre 2018 e 2019, custou cerca de US$ 3 bilhões.

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