O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou nesta quarta-feira (11), a intenção do governo federal de discutir a volta do horário de verão, extinto no início do governo Jair Bolsonaro, em 2019. Em entrevista a jornalistas nesta quarta (11), Silveira atribuiu a medida como uma alternativa para um possível racionamento de energia, ocasionado pela estiagem que atinge o Brasil.
O ministro admitiu que, neste momento, o país tem o menor índice pluviométrico dos últimos 94 anos. Por este motivo, Silveira alegou que a medida está sendo estudada. “No setor energético, todas as possibilidades têm que estar na mesa, porque a compreensão das pessoas que se aprofundam na matéria sabem que o nosso desafio como formuladores de política pública desse setor é equilibrar segurança energética com modicidade tarifária”, disse o ministro.
O impacto da antecipação em uma hora no relógio era usado para economizar energia, especialmente no momento mais crítico do dia, segundo Silveira.
“Aquele horário que o cidadão sai do trabalho, vai para casa, liga o ar-condicionado, liga o ventilador, ele vai tomar banho, vai tomar todo mundo quase que junto, liga a televisão para assistir um jornal, para poder assistir um filme e naquele horário nós temos um grande pico e é exatamente no momento onde nós estamos perdendo as energias intermitentes.”
Apesar de admitir avaliar a medida, o ministro diz que não há previsão de quando a volta do horário de verão voltaria a ser decretado pelo governo federal.
Divide opiniões
O próprio ministro admitiu que a medida é polêmica, e divide opiniões na sociedade. No entanto, ele acredita que, caso o governo opte por voltar com o horário de verão, a opinião popular não será um problema.
“Nós sabemos que apesar da divisão da sociedade com relação a ele [horário de verão], a maioria da sociedade nas pesquisas de opinião apontam que aprovam o horário de verão. Ele tem outros efeitos que têm que ser analisados pelo governo como um todo, além da questão energética, que é a questão da economia. Ele impulsiona fortemente a economia do turismo, a economia dos bares, restaurantes, ele impulsiona a economia cotidiana”, descreveu