O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) um novo e expressivo aumento nas tarifas de importação aplicadas à China, elevando a taxa para 125%, com efeito imediato. A decisão marca mais um capítulo na já acirrada guerra comercial entre as duas maiores potências econômicas do mundo.
“Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato”, escreveu o republicano em sua rede social. Na publicação, Trump disse esperar que, “em um futuro próximo, a China perceba que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis”.
O anúncio ocorre em resposta à decisão de Pequim de elevar para 84% as tarifas sobre produtos norte-americanos, movimento que intensificou ainda mais as tensões comerciais. Para além da China, Trump adotou um tom mais conciliador com outros parceiros globais. O presidente autorizou uma “pausa” de 90 dias nas tarifas recíprocas e determinou a redução dessas taxas para 10% durante esse período.
Segundo Trump, mais de 75 países procuraram representantes dos EUA, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e a agência USTR (encarregada do comércio exterior), para dialogar sobre uma saída pacífica para os conflitos tarifários. “Esses países não retaliaram de forma alguma contra os EUA”, justificou o presidente.
A escalada tarifária com a China teve início em fevereiro, com o acréscimo de uma taxa de 10% sobre os produtos chineses, que se somou à tarifa já existente. Em 2 de abril, Trump aumentou o percentual em mais 34%. Após retaliações chinesas, a Casa Branca respondeu com outros 50%, totalizando 104%. Agora, com o novo aumento, os produtos chineses passam a ser taxados em 125%.
A medida promete repercussões significativas no comércio global e pode afetar cadeias de produção ao redor do mundo.
