Cidades do Leste de Minas Gerais registraram queda nas ocorrências policiais envolvendo pessoas idosas nos últimos anos. O levantamento, baseado em dados oficiais de 2021 até junho de 2025, abrange cinco municípios da região: IpatingaTimóteoCoronel FabricianoCaratinga e Manhuaçu.

Mesmo com os dados de 2025 ainda parciais — considerando apenas os registros feitos até 23 de junho — já é possível observar uma redução significativa em comparação com os anos anteriores. A tendência pode estar relacionada a ações de prevenção, acolhimento e conscientização voltadas à população idosa, promovidas por instituições públicas, entidades civis e pela sociedade em geral.

Em Ipatinga, por exemplo, foram registradas 812 ocorrências em 2023, o maior número dos últimos cinco anos. Em 2025, até junho, foram contabilizados 278 casos. Timóteo também apresentou redução expressiva: os registros passaram de 340 em 2023 para 97 neste ano. Em Coronel Fabriciano, os dados vêm caindo de forma contínua desde 2022, quando houve 541 registros. Em 2025, até o momento, foram 203.

Em Caratinga, os dados também apontam redução nas ocorrências envolvendo pessoas idosas nos últimos dois anos. Já em Manhuaçu, a queda foi ainda mais acentuada: de 456 registros em 2022 para apenas 57 até junho de 2025.

No total, entre os cinco municípios, foram registrados: 1.030 casos em 2021; 1.722 em 2022; 1.755 em 2023; 1.272 em 2024; e 592 registros até a última atualização deste ano.

Considerando a taxa proporcional por grupo de 10 mil idosos (pessoas com 65 anos ou mais), com base em estimativas populacionais, Coronel Fabriciano apresenta, até o momento, a maior taxa da região: cerca de 153,3 casos por 10 mil idosos. Em seguida vêm Ipatinga (96,6), Timóteo (96), Caratinga (72,3) e Manhuaçu (50).

As autoridades reforçam que os números se referem apenas a ocorrências oficialmente registradas, sem incluir a chamada “cifra negra” — situações que não são comunicadas às forças de segurança. A recomendação é para que vítimas ou familiares formalizem as denúncias, pois só com dados concretos é possível planejar e executar políticas públicas eficazes de proteção à pessoa idosa.

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