A Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) anunciou seu fechamento em 5 de fevereiro de 2025, após a decisão do presidente Donald Trump e do bilionário Elon Musk. A agência, responsável por cerca de 40% de toda a ajuda humanitária global, suspendeu suas operações e comunicou que seus funcionários não essenciais seriam colocados de licença. Aqueles que trabalham no exterior serão repatriados para os Estados Unidos nos próximos 30 dias.
A USAID foi criada em 1961 durante o governo de John F. Kennedy, com o objetivo de combater a influência soviética e promover o desenvolvimento global. Desde então, a agência tem desempenhado um papel crucial no fornecimento de ajuda humanitária, incluindo programas de saúde, educação, acesso à água potável e combate à fome. Em 2024, a USAID foi responsável por 42% de toda a ajuda humanitária mundial registrada pela ONU.
Contudo, a agência enfrentou críticas de figuras políticas e empresários, principalmente de Elon Musk, que chamou a USAID de “ninho de vermes”, e de Trump, que acusou a organização de fraudes, embora sem apresentar provas. A decisão de fechar a USAID está alinhada à política “EUA em primeiro lugar” de Trump, que busca cortar gastos com assistência externa. Musk, à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), defendeu o fechamento da agência, argumentando que ela estava além de qualquer reforma.
A suspensão das atividades da USAID já afeta projetos humanitários críticos, como hospitais de campanha em zonas de refugiados e programas de ajuda em países em crise. A medida também tem impactos significativos nos esforços de combate a doenças, como HIV/AIDS, e em iniciativas de segurança energética.
O fechamento da USAID reflete uma reestruturação drástica da política externa dos EUA e representa uma mudança para uma postura mais isolacionista, que privilegia o corte de gastos e a redução do envolvimento americano em causas globais.