O site oficial da Casa Branca, dos Estados Unidos, afirmou, nesta terça-feira (15), que a China agora encara tarifas de até 245% como resultado das “ações retaliatórias” do país asiático.

A informação consta em um documento divulgado pelo governo americano, mas não explica como os EUA chegaram ao cálculo dessa taxa que será aplicada sobre os produtos chineses.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, respondeu ao questionamento de jornalistas locais sobre as tarifas de 245% afirmando que “podem perguntar ao lado americano o valor específico das tarifas” e que a China deve manter sua posição, segundo o jornal estatal chinês Global Times.

No documento, a Casa Branca detalha as principais decisões da política econômica e comercial do presidente Donald Trump e classifica as tarifas como uma forma de “nivelar o campo de atuação e proteger a segurança nacional dos EUA”.

Em 2 de abril, no que Trump chamou de “Liberation Day” (ou “Dia da Libertação”), o governo americano impôs uma tarifa de 10% sobre mais de 180 países, além de individualizar tarifas recíprocas para os países com os quais os EUA têm os maiores déficits comerciais. As taxas chegaram a até 50%.

Para dar mais tempo para as negociações andarem, Trump anunciou uma “pausa” nas tarifas recíprocas individualizadas em 9 de abril, mantendo apenas as taxas de 10% sobre todos os países por 90 dias.

Como tudo começou

A guerra tarifária entre China e EUA se intensificou após o governo Trump anunciar tarifas de 10% a 50% sobre produtos de mais de 180 países, incluindo uma taxa de 34% para a China, somando-se aos 20% já existentes. Em resposta, a China impôs tarifas de 34% sobre importações americanas.

Trump ameaçou elevar ainda mais as tarifas se a China não recuasse, o que levou a novas altas, chegando a 104% nos EUA e 84% na China. Apesar de uma pausa temporária para outros países, a China seguiu sendo alvo de aumentos, com tarifas americanas atingindo 145%. A China retaliou na mesma medida. Apesar da escalada, os EUA afirmam estar abertos a negociações, desde que a China também queira um acordo.

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